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Sábado
26 de Agosto, 2020
Nossos conhecidos e duvidosos conceitos atuais sobre as pessoas com deficiência não nasceram com a gente, muito menos com nossos pais, são frutos da história da humanidade. Por séculos, as pessoas que nasciam fora de uma norma eram mortas ainda bebês, isoladas da sociedade por “não terem alma” ou serviam de bobos da corte, literalmente, nos palácios reais. Com o passar do tempo, estabeleceu-se uma visão mais humanizada para a deficiência, mas ainda estamos longe de um ideal.
Você já se questionou sobre a
diferença entre deficiência e incapacidade? A deficiência é algo inerente ao
corpo, à condição física ou intelectual da pessoa, por exemplo, a cegueira e a
síndrome de Down. Esteja o mundo acessível ou não, a deficiência está lá. Já a
incapacidade é o resultado da relação entre a deficiência e as eventuais
barreiras do meio. Sendo assim, podemos dizer que uma pessoa que enxerga a
deficiência como uma incapacidade é, ela própria, uma incapaz. Talvez, uma
incapaz de enxergar que há um sujeito antes da deficiência.
Há muitos pontos cegos quando
falamos de deficiência, principalmente, a intelectual. Um deles é a aceitação, sem questionamento, da
suposta "idade mental", obtida por testes de inteligência, como sendo
uma descrição apropriada do nível de desenvolvimento e maturidade da pessoa. Mesmo
que, nos atentarmos só diagnóstico, ele por si só tem níveis: leve, moderado e
grave. Marcando assim, uma subjetividade dentro do diagnóstico.
Por fim, ressalta-se que outro
ponto cego muito delicado pode ser a falta de informação, lembre-se: A falta de
conhecimento leva ao preconceito. O desafio de cada um de nós é contribuir para
diminuir as barreiras físicas ou de atitude que há em nossa sociedade, para que
o sujeito com deficiência seja capaz de desempenhar uma tarefa, aproveitar uma
oportunidade e, sobretudo, usufruir a vida.
Josiane Pires – CRP 07/30151