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Sábado
30 de Junho, 2020
Há cerca de 100 dias em processo de distanciamento social, tenho percebido que alguns comportamentos em mim também têm sido comuns a outras muitas pessoas e que, conforme pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em mais 89% de brasileiros adultos que também aderiram ao distanciamento ou ao isolamento social.
Ainda
segundo a pesquisa, quatro em cada dez pessoas apresentaram problemas com sono
ou referiram baixo interesse em realizar coisas durante a pandemia. Esses
sintomas, muitas vezes sutis nas suas manifestações, podem demorar a serem
percebidos, porque a mudança das rotinas maquia esse impacto, o que torna ainda
mais preocupante, pois são indicadores de processos de adoecimentos psíquicos
como a depressão, e ao demorar para ser identificado pode retardar uma busca
por ajuda profissional.
É comum ainda, usarmos algumas falas que de
certa forma nos alivia ou anestesia para a realidade que se apresenta, como
“logo isso tudo vai passar”, “calma, esse é o novo normal”, mas a verdade é que
as incertezas quanto ao futuro, que sempre existiram e que sempre nos
incomodaram (ou desacomodaram), estão latentes nas nossas vidas e pautando
nossas mentes.
Os
planos para o ano de 2020 já devem ter sido mudados. As perspectivas de vida
precisam ser repensadas, pois isso não vai passar rápido. Aliás, eu comecei
dizendo e repito, 100 dias já se passaram e você não pode ficar se iludindo em
aguardar o mundo voltar. Ele nem foi a lugar nenhum, só apresentou uma nova
forma de existir, e quem se adaptou ou está buscando se adaptar, terá grandes
chances de estar nele com saúde, física e mental, pois a Covid-19 é contagiosa
e por vezes letal à saúde física de quem a contrai, mas é também mentalmente
avassaladora até a quem não a contraiu.
Por Nemar Gil
CRP 07/32304