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Sábado
23 de Novembro, 2018
ANSIEDADE NA ERA DIGITAL – DESAFIO OU PREOCUPAÇÃO?
Quando somos crianças, desejamos
muito chegar a adultez para sermos independentes e seguir a vida por nós
mesmos. Contudo quando estamos perto desta adultez (adolescência, por exemplo),nos
aproximamos também do medo e do confronto com as responsabilidades que este
momento demanda, gerando ansiedade.
A ansiedade demonstra que nossos
sentimentos estão confusos, apreensivos e com medo do novo ou da mudança. Na
adolescência diante da escolha de uma profissão e do assumir responsabilidades
mais específicas, esta ansiedade aumenta, afetando a qualidade de vida.
A cobrança de uma escolha assertiva
diante de tantas opções nunca foi tão intensa como nos últimos tempos. A
criança, já é cobrada para se preparar para o ENEM no primeiro ano do
fundamental ( a escolha da escola para o filho depende do quanto esta prepara
ou não para o ENEM), e isto só aumenta a ansiedade e pressão em todo grupo
familiar.
Para proporcionar um equilíbrio na
vida familiar é necessário o despertar de uma consciência entre todos de que o
jovem precisa reconhecer seu tempo de escolha e de definições, e não o tempo
dos pais. Da mesma forma o próprio jovem reconhecer seus limites e respeitá-los,
sabendo o quanto deve exigir-se e quando precisa parar um pouco e desopilar,
“respirar” – oportunizando mais qualidade de vida.
É importante também ter a
sensibilidade para a percepção da necessidade de um acompanhamento psicológico
para auxiliá-los.
Como estamos vivendo numa era
tecnologia, onde os jovens estão sempre envolvidos neste meio, a psicologia
também vem se aperfeiçoando e agregou em seus métodos, a realidade virtual no
tratamento de ansiedades e fobias. Através da imersão num ambiente virtual (associado
com a fobia), o paciente é conduzido a se munir de formas que o possibilitem
lidar com seu medo, encarando-o virtualmente (ambiente seguro) suas
dificuldades em lidar com a situação. Por meio de exercícios de relaxamento, o
paciente vai controlando melhor sua ansiedade e adquirindo mais confiança
emocional.
Procurando ou não um atendimento psicológico, cabe que todos nós busquemos equilibrar nossas emoções, respeitando nossos limites e reconhecendo até onde podemos ir, sem nos ferir e nos machucar emocionalmente, com o apoio de todos que nos cercam.
Andréia Reis Psicóloga do NAP