​Tempos de homenagear pessoas amadas que já foram...

23 de Novembro, 2018

Tempos de homenagear pessoas amadas que já foram...

Em tempos de dor, quando se perde alguém querido, muitas pessoas tentam fugir do luto, do sofrimento que é encarar a perda alguém querido. Negar sentimentos ruins, deixar de falar o nome da pessoa que morreu, são algumas atitudes comuns, mas será que são as mais saudáveis de encarar um luto?

Viver o luto, sentir, chorar, se revoltar, falar sobre, para depois acalmar, entender, aceitar, ficar na saudade... Estas são fases difíceis, mas importante para o processo de luto ocorrer de forma saudável. O primeiro aniversário sem a pessoa, o primeiro natal, primeiro dia dos pais e das mães, são sempre os mais doloridos, são sofridos. Geralmente, há muita tristeza envolvida na perda de alguém, mas é preciso deixar que este sofrimento seja vivido, é necessário chorar, falar sobre, lembrar de histórias vividas. Somente depois, com o tempo, quem está vivendo o luto, se sentirá preparado para voltar a rotina, se reorganizar, se fortalecer, para pensar nas lembranças e até contá-las aos familiares e amigos. Busque ajuda quando perceber que está com dificuldades para encarar o processo, para falar sobre isso, para retomar sua rotina.

No dia 2 de novembro, é a data especial para prestar homenagens as pessoas que morreram. Alguns irão ao cemitério, outras ficarão em casa e pensarão sobre quem já perderam... Não há receita pronta para este dia, cada pessoa deve e tem o direito de seguir suas crenças, fazer como se sente melhor.

Porém, falar sobre morte, é também falar sobre vida. A partir disso, pode-se repensar algumas atitudes da rotina diária, lembrar de abraçar mais quem amamos, valorizar momentos simples, dizer eu te amo, reclamar um pouquinho menos, afinal, não temos como prever quando perderemos alguém... pode ser hoje ou amanhã ou ano que vem. Então, lembre-se de valorizar os pequenos momentos, amar, chorar, ser feliz e do que você aprendeu com as pessoas que já faleceram, pois com certeza elas deixaram marcas em você.


Gabriela Marques Psicóloga do NAP