​Mais respeito, menos preconceito!

18 de Outubro, 2018

Mais respeito, menos preconceito!

É comum em nosso dia-a-dia nos depararmos com inúmeras manifestações de preconceito. Preconceito referente a cor, religião, opção sexual, e até mesmo preconceito com características físicas, como por exemplo, quando uma pessoa é muito alta ou baixa, gorda ou magra...e a lista pode se tornar imensa.

Vamos incutindo em nossas mentes alguns padrões do que é certo, belo ou adequado e tomamos estes padrões como verdades absolutas, e tudo que foge a este padrão é difícil de lidar. Não conseguimos ver o outro como um ser humano diferente de nós, que pensa de outra forma, que possui outros gostos ou que faz outras escolhas. Talvez vemos neste sujeito diferente uma ameaça as nossas verdades absolutas, pois fomos criados num mundo de dualidade, onde, ou algo é certo ou errado, logo as diferenças ou são certas, de acordo com o que tomamos como nossa verdade, ou são erradas. E assim, o “pré-conceito” vai sendo construído!

Esse comportamento preconceituoso muitas vezes está tão enraizado na nossa maneira de agir que nem pensamos antes, apenas agimos, sem nos darmos conta de sua consequência. Não nos damos conta que esta atitude magoa, exclui, fere e até mesmo leva a morte de outra pessoa, como acontece em muitos casos de bullying, onde o sujeito não da conta de toda pressão psíquica que está sofrendo e comete o suicídio.

Quando nos propomos a desconstruir nossas verdades absolutas, passamos a entender que não existe certo ou errado e sim percepções diferentes de uma mesma realidade, diferentes pontos de vista. A nossa verdade não é (nem precisa ser) a verdade do outro, e está tudo bem assim! Desta forma podemos olhar o outro com mais leveza, mais tranquilidade e, principalmente, respeito. E aí está a palavra-chave: respeito! As vezes é tão difícil respeitar o outro, principalmente porque muitas vezes não nos respeitamos, muitas vezes nós mesmos nos julgamos e deixamos de assumir nossos gostos e escolhas para seguirmos padrões, para sermos aceitos e amados.

Assim, é fundamental aprendermos a nos amar e nos respeitar. Quando isso acontece, se torna muito mais fácil respeitar e amar o próximo, e assim o preconceito se desconstrói, pois ele não se sustenta, passa a ser infundado.

Vale ressaltar a importância de termos este olhar para a educação desta nova geração. Vamos ensinar nossas crianças a se amarem mais, a se respeitarem mais, a viverem suas vidas de forma mais autêntica, para que assim elas entendam que é possível amar e respeitar o próximo, mesmo com suas diferenças e peculiaridades.

Cada vez que julgamos, nos baseamos unicamente na nossa experiência, e negamos a caminhada do outro, a escolha do outro e criamos um “pré-conceito” de como as coisas deveriam ser, levando em conta unicamente na nossa percepção. Em contrapartida quando conseguimos ter respeito pelas diferenças e agir de forma mais empática, temos condições de dar ao outro o mesmo tratamento que gostaríamos de receber, construindo assim um mundo muito justo e livre de preconceitos.


Scheila Flesch Psicóloga do NAP