​VOCÊ GASTA POR EMOÇÃO?

16 de Março, 2017

VOCÊ GASTA POR EMOÇÃO?

O conceito de dinheiro passou por inúmeras transformações ao longo da história. Este complexo elemento tem significados variados e suas diferentes formas de representação (moeda, cédula, ouro, cartão de crédito, etc.) não revelam tudo aquilo que de fato evoca. O dinheiro, dependendo de sua procedência e a maneira que é usado, pode ser considerado sagrado ou profano.

O dinheiro tem como principal característica sua capacidade de mediação, ele é uma ferramenta que possibilita infinitas trocas; sendo capaz de se transformar em qualquer objeto ou atividade. Este elemento monetário altera as relações e, na sociedade capitalista, onde impera o consumo e a satisfação imediata, o dinheiro tem influência significativa sobre o comportamento das pessoas, influenciando na construção de identidade do ser humano, pois tem efeitos simbólicos e reais sobre a mentalidade do sujeito.

Os comportamentos em relação ao dinheiro podem demonstrar fatores referentes aos aspectos psicológicos, familiares e culturais. O manejo com o dinheiro pode dar indícios de quadros psicológicos, ser reflexo destes ou também desencadeá-lo. Assim, pode se manifestar na avareza, ou seja, na pessoa que retém, que tem dificuldade em gastar ou aproveitar. Ou no descaso, como um esbanjador desenfreado que não descansa até gastar o último centavo. No mais extremo, podendo até mesmo vir a mergulhar em dívidas.

A maneira como cada sujeito lida com sua vida financeira é o resultado de aspectos de sua personalidade e de sua vida emocional. Pois, por mais conhecimento que você tenha sobre assuntos financeiros e econômicos, suas atitudes são norteadas pelas emoções; de modo que o comprar, por exemplo, torna-se uma fonte de satisfação e pode temporariamente acalmar as angústias.

Poucas áreas da vida humana são tão problemáticas quanto a financeira, considerada como um novo tabu – em vezes até mais delicado que a sexualidade. O dinheiro é um elemento gerador de preocupações e angústias, que influencia na autoestima e no sentido de êxito e fracasso; além de ser fonte de significativos conflitos nas relações pessoais e sociais.

Compreender, então, o modo como você gasta, ou seja, a sua relação com o dinheiro é também entender sobre si mesmo. Um entendimento que poderá contribuir para uma melhor qualidade de vida - para a sua prosperidade! E nisso, a ajuda do profissional psicólogo - atento a essa temática - pode ser de grande valia!



Ivone dos Santos – Psicóloga CRP 07/26515

Mateus Pacheco – Estagiário de Psicologia